sexta-feira, 28 de agosto de 2015

The Resistance: Avalon - Análise por Edgar Bernardo




Tenho de começar esta avaliação afirmando que "Eu sou dos bons!", ou pelo menos, "Essa é uma atitude muito suspeita!". Neste jogo de dedução a premissa é de que existem traidores entre nós que nos querem fazer falhar a demanda encomendada pelo Rei Artur.

Podia até ser do D. Dinis, a verdade é que o Avalon é uma versão do The Resistance, cuja premissa era idêntica, apenas situada num espaço-tempo que não o nosso... ou algo do género... a verdade e que não diferença nenhuma, nem interessa muito.

O mais interessante neste jogo é a interação e as trocas de acusações, e afirmações com vista a que a nossa equipa vença, seja ela dos "bons" (fieis ao Rei) ou dos "Maus" (contra o Rei).

Existem diferenças nas habilidades de cada personagem, que podemos adicionar consoante o número de jogadores, aliás quantos mais melhor, a experiência ganha com cada jogador extra, sugere-se menos que o máximo simplesmente porque pode tornar-se caótico.

Um jogo ideal para iniciar novas pessoas neste hobby, em particular para quem torce o nariz a tabuleiros e muitas peças. Um jogo perfeito para uma noitada bem passada na galhofa. Recomendo a todos, experiente, menos experientes, jovens, adultos, meninas e meninos!

E já agora, "Eu sou o Merlin... sempre!"


Jogo: The Resistance: Avalon
Ano: 2012
Avaliador: Edgar Bernardo
Tipo: Dedução
Tema: Medieval / Fantasia
Preparação: 2 minutos
Duração: 25 minutos
Nº de Jogadores: 5 - 10
Nº Ideal de jogadores: 7 -8
Dimensão: Pequeno
Preço médio: 20€
Idade: 13+

Qualidade dos Componentes: 7
Dimensão dos Componentes: 8
Instruções/Regras: 9
Aleatoriedade: 9
Replicabilidade: 10
Pertinência do Tema: 6
Coerência do Tema: 6
Ordem: 10
Mecânicas: 7
Grafismo/Iconografia: 7
Interesse/Diversão: 10
Interação: 10
Tempo de Espera: 10
Opções/turno: 7
Área de jogo: 7
Dependência de Texto: 10
Curva de Aprendizagem: 9

Pontuação: 8,63

Para todos

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Keyflower - Análise por Micael Sousa

O Novo Mundo abre-se para lá de um mar perigoso de oportunidades. A partir do século XVII começam a chegar colonos de vários países europeus, criando novas zonas de expansão numa mistura de nacionalidades, credos e origens diferentes que nem sempre conseguem trabalhar em conjunto.
Keyflower tenta recriar, ao estilo eurogame, o desenvolvimento das pequenas aldeias e vilas que nascem na América do Norte no século XVII. Trata-se de um jogo de gestão e produção de recursos, que envolve logística de mão-de-obra e transportes locais. 


Ao longo de quatro turnos (Primavera, Verão, Outono e Inverno) os jogadores vão expandindo a sua aldeia com hexágonos (tiles) que são leiloados no início de cada estação, recorrendo colonos que vão chegando em barcos. Existem três tipos base de trabalhadores ,definidos pela sua cor (amarelo, azul e vermelho), que representam apenas a sua origem diferenciada. Nos leilões para obter os hexágonos que representam novos edifícios ou zonas de exploração de recursos, usam-se grupos de trabalhadores da mesma cor, quem conseguir juntar mais ganha o hexágono que pode juntar à sua aldeia. O mesmo acontece para activação dos ditos hexágonos. A gestão das cores é uma característica importante do jogo, pois uma vez utilizada uma determinada cor de trabalhador num hexágono não pode ser utilizada outra. Existem também os trabalhadores verdes, que só podem ser obtidos mediante hexágonos especiais.

Existem mais coisas, tais como as ferramentas, e se juntarmos as expansões (farmers e traders) ainda surgem outras mais, tais como animais, contratos e outros. 

O que destinge este jogo dos restantes eurogames, na minha opinião (de quem gosta muito deste jogo) são os seguintes factores: logística, pois é necessário produzir mas também transportar os recursos para o local certo; incerteza nos leilões que permite reviravoltas, pois a quantidade e cor de trabalhadores dos adversários está oculta; podermos utilizar os hexágonos alheios que, para além dos leilões, alimentam uma interactividade rara neste género de jogos; a replicabilidade, pois, como os hexágonos disponíveis para cada jogo são diferentes, cada jogo é sempre único; por fim, as imensas possibilidades de chegar à vitória e a necessidade de termos de reformular a estratégia perante as novidades de surgem nos leilões ou simplesmente pelo efeito da tomada de decisão dos restantes jogadores.

Apesar desta minha apologia, Keyflower não agrada a todos, pode gerar mesmo ódios. O jogo é exigente e pode criar frustrações pela interactividade com os restantes jogadores, que simplesmente nos impedem de seguir o rumo que tínhamos traçado, ou porque pode ser difícil, de início, traçar um rumo sequer, uma vez que as opções são imensas e que nada facilitam a curva de aprendizagem considerável do jogo. Por outro lado, o tema do jogo nem sempre cola nas mecânicas.

Mas, em jeito de conclusão, Keyflower é um grande jogo embora não agrade a todos É um grande eurogame, que nem demora assim tanto tempo quando jogado a 3 ou 4 jogadores, podendo juntar , no máximo,até 6 jogadores à mesa, que cria algum caos que se pode transformar em diversão ou tédio de espera. 

Jogo: Keyflower
Ano: 2012
Avaliador: Micael Sousa
Tipo: Gestão
Tema: Exploração / Expansão
Preparação: 10 minutos
Duração: 120 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 6
Nº Ideal de jogadores: 3 -4
Dimensão: Médio
Preço médio: 40€
Idade: 12+

Qualidade dos Componentes: 8
Dimensão dos Componentes: 9
Instruções/Regras: 8
Aleatoriedade: 8
Replicabilidade: 10
Pertinência do Tema: 8
Coerência do Tema: 8
Ordem: 8
Mecânicas: 9
Grafismo/Iconografia: 9
Interesse/Diversão: 8
Interação: 9
Tempo de Espera: 7
Opções/turno: 9
Área de jogo: 8
Dependência de Texto: 9
Curva de Aprendizagem: 6

Pontuação: 8,40

Para eurogamers




sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Sid Meier's Civilization - Análise por Edgar Bernardo

 
Este jogo é baseada na já longa série de títulos de jogos de computador iniciada em 1991, e quase 20 anos depois, e graças ao sucesso da sua versão número 5 (V) para PC, nasceu esta versão de tabuleiro.

O grafismo é claramente inspirada no seu primo computorizado, as peças têm grande qualidade, com excessão para as figuras plásticas que representam os exércitos e colonos. De facto são muitas peças, mesmo, mas salvo as que menciono, todas de excelente qualidade.

De que trata o jogo? Sem esconder o que quer que seja, somos uma civilização que tenta superar as demais. Não tentamos ser os melhores mercadores do mediterrâneo nem a última civilização de pé, mas podemos vencer economicamente, belicamente, assim como, culturalmente e tecnologicamente.
Joguei ao longo dos anos inúmeras horas de "Civ" e há que fazer menção a algumas falhas que o jogo têm. Desde logo as regras podiam ser um pouco mais claras, e as condições de vitória mais equilibradas. Nunca vi ninguém vencer por via da cultura, é extramente difícil e é necessário que estejam todos a dormir para se conseguir

O factor sono também é de mencionar. Este jogo a 4, o número mais equilibrado, pode demorar muito mais tempo do que o referencial do manual. Faltam mais oportunidades para os jogadores agirem em simultâneo.

De resto adoro este jogo. Do grafismo, à tecnologia e exploração sentimos de facto que estamos a construir algo. E não é apenas o jogador mais calculista que vence. Os combates têm ligeira aleatoriedade que pode ser contornada.

Aleatoriedade também nos recursos que capturamos ao "nativos" espalhados pelo mata, embora existam a meu ver poucos (ou de mais) recursos de urânio. Este nas mãos do jogador com a tecnologia certa pode mudar o sentido do jogo totalmente.

Que mais... podemos negociar com os outros quase tudo, tecnologia, recursos, dinheiro, unidades, vale tudo, e como tal, a interação é enorme se quisermos, caso contrário interagem eles connosco para nosso prejuízo com as cartas de eventos culturais.

Já existem duas expansões para este jogo as quais acrescentam, sobretudo, civilizações, mas nunca senti verdadeira necessidade de as adquirir, o jogo tem imensa replicabilidade, e na verdade, sejamos honestos, jogos que durem tanto tempo não chegam à mesa com tanta frequência.

Recomendo vivamente para quem gosta de edificar, construir, explorar, atacar e até sacanear adversários. Excelente para jogadores experientes ou entusiastas do tema. Para os demais também excelente, sugiro que joguem é 1 para 1 até se sentirem confortáveis com as mecânicas do jogo!
 
 
Jogo: Sid Meier's Civilization
Ano: 2010
Avaliador: Edgar Bernardo
Tipo: Estratégia
Tema: Civilizações
Preparação: 25 minutos
Duração: 180 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 4
Nº Ideal de jogadores: 4
Dimensão: Grande
Preço médio: 50€
Idade: 13+

Qualidade dos Componentes: 9
Dimensão dos Componentes: 8
Instruções/Regras: 7
Aleatoriedade: 7
Replicabilidade: 9
Pertinência do Tema: 10
Coerência do Tema: 9
Ordem: 10
Mecânicas: 8
Grafismo/Iconografia: 9
Interesse/Diversão: 9
Interação: 9
Tempo de Espera: 5
Opções/turno: 7
Área de jogo: 7
Dependência de Texto: 6
Curva de Aprendizagem: 6

Pontuação: 7,81


Jogadores experientes
 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...