sexta-feira, 31 de julho de 2015

Jaipur - Análise por Micael Sousa

 
Conheci este jogo quando procurava algo que pudesse ser simples, fácil e rápido para dois jogadores, mas tendo alguma estratégia e gestão envolvida. Na verdade este pequeno jogo tem tudo isso, embora não passe de um pequeno jogo em todos os sentidos.

Em Jaipur dois comerciantes da região de Jaipur competem pelos melhores negócios do mercado local. Trata-se de um “card game” em que se obtém pontos de pelas combinações de produtos de venda. A venda faz-se através de conjuntos de cartas iguais, que representam produtos comerciáveis, que vamos biscando à vez da oferta disponível a cada ronda. Nisto entram também camelos como recurso especial. Basicamente é um jogo de gestão de mão ou “hand management”.

Há algum fator sorte nas cartas que vão saindo, mas é minimamente controlável pois existem sempre várias opções a fazer. O tema não é muito vincado, sendo a mecânica de jogo quase independente dele. Pode ser viciante, pois é rápido e fica aquela vontade, especialmente para quem perde, de fazer mais um para tentar ganhar.

Recomendo como “filler” ou para quem queira um jogo para dois jogadores, rápido e com q.b. de densidade estratégica/gestão.
 
Jogo: Jaipur
Ano: 2009
Avaliador: Micael Sousa.
Tipo: Cartas
Tema: Comércio
Preparação: 3 minutos
Duração: 10 minutos
Nº de Jogadores: 2
Nº Ideal de jogadores: 2
Dimensão: Pequeno
Preço médio: 20€
Idade: 12+

Qualidade dos Componentes: 7
Dimensão dos Componentes: 8
Instruções/Regras: 10
Aleatoriedade: 7
Replicabilidade: 8
Pertinência do Tema: 6
Coerência do Tema: 6
Ordem: 5
Mecânicas: 7
Grafismo/Iconografia: 9
Interesse/Diversão: 9
Interação: 6
Tempo de Espera: 9
Opções/turno: 7
Área de jogo: 9
Dependência de Texto: 10
Curva de Aprendizagem: 7

Pontuação: 7,67
Para jogos rápidos a 2 jogadores
 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Maria - Análise por Edgar Bernardo

Um mapa, três jogadores, muita estratégia. Neste jogo temos a opção de jogar uma de três fações: a austríaca, a francesa, e a prussiana/holandesa. É certo que podemos jogar a versão a dois jogadores, mas seria como futsal num relvado de 11... não funciona! O carisma deste jogo reside precisamente no duplo posicionamento da terceira fação. Este jogador é adversário e aliado dos outros dois jogadores consoante a nação com que joga. Até onde vão as nossas capacidades diplomáticas de controlar a França sem que a Áustria resista demasiado?!

Parte da delicia desta experiência centra-se nas pequenas coisas como a qualidade gráfica do tabuleiro, a simplicidade das peças, da mecânica das zonas por naipes e nas cartas e eventos que ocorrem todos os turnos. O único senão é o facto dos combates serem decididos apenas pelas cartas que vamos acumulando. Um outro mecanismo menos aleatório elevaria o jogo ainda a outro nível.

"Oh Maria anda cá!" Porquê? É um jogo de estratégia militar bastante robusto e completo sem entrar em exageros de miniaturas e manuais de combate. Um enorme desafio se jogado por jogadores experientes neste género de jogos que certamente criará memórias entre os participantes. Recomendo vivamente a quem gosto de desafios bélico-diplomáticos e tem algumas horas livres!
 
Jogo: Maria
Ano: 2009
Avaliador: Edgar B.
Tipo: Estratégia
Tema: Guerra
Preparação: 20 minutos
Duração: 210 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 3
Nº Ideal de jogadores: 3
Dimensão: Grande
Preço médio: 30€
Idade: 12+

Qualidade dos Componentes: 8
Dimensão dos Componentes: 7
Instruções/Regras: 6
Aleatoriedade: 7
Replicabilidade: 9
Pertinência do Tema: 9
Coerência do Tema: 9
Ordem: 10
Mecânicas: 8
Grafismo/Iconografia: 9
Interesse/Diversão: 9
Interação: 9
Tempo de Espera: 5
Opções/turno: 6
Área de jogo: 6
Dependência de Texto: 8
Curva de Aprendizagem: 6

Pontuação: 7,71

Para jogadores avançados e wargamers
 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Twilight Struggle - Análise por Micael Sousa

 
Este é o jogo que sempre vi no nº1 do Board Game Geek (BGG), desde que comecei a dedicar mais tempo a isto dos jogos de tabuleiro. Há que relembrar que o BGG é o grande site de referência para o assunto, apesar de estar algo desatualizado nas funcionalidades, organização e grafismo.

Então o Twilight Struggle terá de ter qualidade. Tem de facto, embora tenha algumas limitações e características que nos podem fazer questionar as avaliações que o jogo tem. O jogo pretende replicar a Guerra Fria, através de um duelo entre dois jogadores, E.U.A. vs. U.R.S.S.. O jogo desenrola-se num tabuleiro que representa o mundo entre 1945 e 1989.

Jogam-se cartas que representam eventos históricos que permitem, através de várias opções, fazer várias ações para além do próprio evento que aludem. Por exemplo: é possível desencadear apenas a ação histórica de uma determinada carta, tal como a crise dos mísseis em Cuba, a Guerra do Vietnam, a descolonização, NATO e etc.; podem ensaiar-se golpes de estado ou reforçar influência nos vários países; é possível competir pela corrida ao espaço, e etc.

Ganha quem conseguir o domínio mundial, que se obtém através dum sistema de pontuação que contabiliza o controlo de determinadas zonas do mundo, sem despoletar uma guerra nuclear. Quem levar o mundo à guerra nuclear simplesmente perde. De notar que a contabilização dessa pontuação tem duplo efeito, quem sobe na pontuação faz descer o adversário. A tensão é constante e real.

O jogo é complexo, sem ser muito complicado, e o tema está muito bem explorado e materializado. A tensão sente-se! No entanto tem alguma aleatoriedade na distribuição das cartas, embora isso não seja esmagador. Como se trata de um jogo de guerra para dois jogadores, que demora ainda algum tempo, isso, entre outras coisas, pode afastar alguns jogadores e aproximar outros.
 
Jogo: Twilight Struggle
Ano: 2005
Avaliador: Micael Sousa
Tipo: Estratégia
Tema: Guerra
Preparação: 15 minutos
Duração: 120 - 180 minutos
Nº de Jogadores: 2
Nº Ideal de jogadores: 2
Dimensão: Média
Preço médio: 40€
Idade: 14+

Qualidade dos Componentes: 7
Dimensão dos Componentes: 7
Instruções/Regras: 8
Aleatoriedade: 7
Replicabilidade: 9
Pertinência do Tema: 10
Coerência do Tema: 10
Ordem: 9
Mecânicas: 9
Grafismo/Iconografia: 10
Interesse/Diversão: 10
Interação: 10
Tempo de Espera: 9
Opções/turno: 7
Área de jogo: 8
Dependência de Texto: 3
Curva de Aprendizagem: 7

Pontuação: 8,29

Para jogadores avançados e wargamers
 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Game of Thones - The Board Game - Análise por Edgar Bernardo

 
Não fará muito sentido contextualizar este jogo. Quem não tem acompanhado os livros, ou mais recentemente, a série de televisão, está a perder uma das melhores obras destes géneros artísticos. Mas evidências à parte vamos falar do jogo de tabuleiro.

Este jogo foi dos primeiros que adquiri pós a fase do Magic. Já lá vão uns valentes anos desde que pela primeira vez joguei e disputei Westeros. Na altura nem conhecia a sua história e os vários personagens, mas a ideia de um jogo bélico com forte vertente diplomática cativou-me.

Recentemente com a segunda edição deste jogo, em virtude do sucesso da série televisiva, algumas mecânicas foram acrescentadas, uma nova fação foi adicionada, entre outras novidades. O jogo está ainda melhor e convida a várias horas de tensão diplomática e a inevitáveis traições… algumas mais evidentes que outras!

A vitória é conseguida pelo domínio de sete castelos no continente, e para o conseguir necessitamos de acumular poder, tropas, mantimentos e travar as invasões dos povos selvagens do outro lado da muralha.

Sem dúvida um bom jogo que se torna épico para fãs e curiosos deste universo. Recomendo vivamente! Quem se sentará no trono? Que a luta Westeros comece: “Winter is coming… eventually!
 
Jogo: Game of Thrones - The Board Game (first & second edition)
Ano: 2011
Avaliador: Micael B.
Tipo: Estratégia
Tema: Fantasia
Preparação: 15 minutos
Duração: 240 minutos
Nº de Jogadores: 3 - 6
Nº Ideal de jogadores: 3
Dimensão: pequena
Preço médio: 60€
Idade: 14+

Qualidade dos Componentes: 9
Dimensão dos Componentes: 9
Instruções/Regras: 4
Aleatoriedade: 8
Replicabilidade: 10
Pertinência do Tema: 10
Coerência do Tema: 10
Ordem: 10
Mecânicas: 8
Grafismo/Iconografia: 10
Interesse/Diversão: 10
Interação: 9
Tempo de Espera: 8
Opções/turno: 8
Área de jogo: 7
Dependência de Texto: 6
Curva de Aprendizagem: 8

Pontuação: 8,53

 
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